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O que são e como se formam os cálculos renais?

O que são e como se formam os cálculos renais?
Os cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins, são formações sólidas compostas por minerais e sais que se acumulam dentro dos rins. Eles surgem quando a urina se torna supersaturada com substâncias como cálcio, oxalato, ácido úrico, cistina e outras, que se cristalizam e formam pequenas pedras. Dependendo de seu tamanho, esses cálculos podem permanecer nos rins ou migrar para outras partes do trato urinário, causando dor intensa e obstruções.

No passado, os cálculos eram frequentemente tratados com cirurgias abertas, até o desenvolvimento de tecnologias minimamente invasivas nas últimas décadas, como o uso de lasers e equipamentos de litotripsia (fragmentação do cálculo). Hoje, temos uma ampla gama de opções menos invasivas e mais eficazes para o tratamento, incluindo técnicas endoscópicas e percutâneas.
 

Fatores de Risco

Os cálculos renais podem afetar qualquer pessoa, mas alguns fatores aumentam o risco de desenvolvê-los:
  • Histórico familiar: Se um parente próximo teve cálculos renais, o risco é maior.
  • Desidratação: Beber pouca água pode concentrar substâncias formadoras de pedras na urina.
  • Dietas ricas em sódio, proteína animal e oxalato: Alimentos como carne, espinafre e nozes podem aumentar o risco.
  • Distúrbios metabólicos: Condições como gota, hiperparatireoidismo e acidose tubular renal aumentam a chance de formação de cálculos.
  • Uso de certos medicamentos: Diuréticos e antiácidos à base de cálcio podem predispor à formação de pedras.
  • Obesidade: O excesso de peso está associado a alterações metabólicas que promovem a formação de cálculos.
 

Manifestações Clínicas

Os cálculos renais podem variar de assintomáticos a extremamente dolorosos. As manifestações mais comuns incluem:
  • Dor intensa (cólica renal): Uma dor súbita e aguda nas costas ou nas laterais, que pode irradiar para o abdômen ou virilha.
  • Sangue na urina (hematúria): A presença de sangue pode dar à urina uma cor avermelhada ou marrom.
  • Náuseas e vômitos: Muitas vezes causados pela dor intensa.
  • Urgência urinária: Sensação de necessidade frequente de urinar, especialmente se o cálculo estiver obstruindo o ureter ou a bexiga.
  • Infeção urinária: Cálculos podem predispor ao desenvolvimento de infecções do trato urinário.
 

Diagnóstico

O diagnóstico dos cálculos renais é feito por meio de uma combinação de histórico clínico e exames de imagem. As principais ferramentas de diagnóstico incluem:
  • Ultrassonografia (Ecografia): Usada para detectar cálculos nos rins ou no trato urinário.
  • Tomografia Computadorizada (TC): Considerada o padrão ouro para a identificação de cálculos, pois é capaz de detectar até mesmo os menores.
  • Exames de urina e sangue: Avaliam a presença de sangue, infecções ou substâncias relacionadas à formação de cálculos.
 

Tratamento

O tratamento dos cálculos renais depende do tamanho, localização e composição das pedras, além dos sintomas apresentados pelo paciente. Seu objetivo é a fragmentação e remoção dos cálculos, prevenindo a obstrução e/ou infecção dos rins, que pode levar a falência e perda renal em determinadas situações. As opções variam desde técnicas minimamente invasivas até procedimentos cirúrgicos mais complexos.

Procedimentos


Cistoscopia

Cistoscopia
A Cistoscopia com Cistolitotripsia é um procedimento indicado para a remoção de cálculos localizados na bexiga. Durante a cistoscopia, um instrumento fino é inserido pela uretra até a bexiga, onde o cálculo é fragmentado com laser ou outros dispositivos de energia e, posteriormente, removido.

É um procedimento minimamente invasivo, sem cortes, com uma rápida recuperação.

Ureteroscopia e Ureterrenoscopia Retrógrada

Ureteroscopia e Ureterrenoscopia Retrógrada

A Ureteroscopia e a Ureterrenoscopia Retrógrada são técnicas utilizadas para tratar cálculos que se encontram no ureter ou nos rins. Durante o procedimento, um endoscópio fino é introduzido pela uretra, passando pela bexiga até o ureter ou rins. Um laser é então utilizado para fragmentar e remover os cálculos.

Essas técnicas têm a vantagem de evitar incisões e oferecem rápida recuperação.

Nefrolitotripsia Percutânea e Mini-Perc

Nefrolitotripsia Percutânea e Mini-Perc

A Nefrolitotripsia Percutânea (NLP) é indicada para cálculos maiores ou mais complexos localizados nos rins. Nesse procedimento, uma pequena incisão é feita nas costas, e um instrumento é inserido diretamente no rim para fragmentar e remover o cálculo. A técnica Mini-Perc é uma variação menos invasiva da NLP, utilizando instrumentos menores e causando menos trauma aos tecidos.

Ambas as técnicas são eficazes para cálculos de grande volume, com alta taxa de sucesso.

Cirurgia Endoscópica Intrarrenal Combinada (ECIRS)

Cirurgia Endoscópica Intrarrenal Combinada (ECIRS)
A ECIRS é uma abordagem combinada que utiliza simultaneamente a ureteroscopia e a nefrolitotripsia percutânea para tratar cálculos renais de maneira mais eficiente. Essa técnica é especialmente útil em casos de cálculos complexos ou múltiplos, pois permite o acesso tanto pela via retrógrada quanto percutânea. A ECIRS oferece uma visão abrangente do trato urinário e permite a remoção completa dos cálculos em um único procedimento, minimizando a necessidade de cirurgias repetidas.
 
Por fim, os cálculos renais são uma condição comum e dolorosa, mas que pode ser tratada com uma variedade de opções eficazes, desde medicamentos até procedimentos minimamente invasivos. A escolha do tratamento depende da localização, tamanho e complexidade dos cálculos, sempre visando o alívio dos sintomas e a preservação da função renal.

Com a evolução das técnicas, procedimentos como a ureterorrenoscopia flexível e a ECIRS têm se mostrado soluções altamente eficazes de casos mais simples até casos mais graves, oferecem excelentes resultados com uma recuperação rápida.
Rafael Baldissera

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